O conceito de mobilidade urbana diz respeito à circulação de pessoas nas cidades de médio e grande porte. No entanto, o termo também engloba a movimentação de bens e mercadorias. Por isso, a mobilidade é fundamental para se pensar e alcançar o desenvolvimento econômico.
Tema importante, a melhoria da locomoção nos centros urbanos é prioridade do planejamento de grandes cidades do mundo todo. No Brasil, o governo federal destinou mais de R$ 3 bilhões em 2020 para que estados e cidades investissem em planos de mobilidade.
É consenso entre especialistas que bons planos de mobilidade urbana passem pela expansão e melhoria do transporte público. Entre os outros desafios estão a redução do uso de transportes individuais, a busca de soluções sustentáveis e a adoção de tecnologias, como a Internet das Coisas.
Transportes mais utilizados no Brasil
A locomoção nas médias e grandes cidades brasileiras está muito associada aos transportes individuais. Apesar disso, dados do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana indicam que esse não é o principal modal dos brasileiros.
Em 2018, em 533 municípios com mais de 60 mil habitantes, 39% das viagens foram feitas a pé. O transporte coletivo foi o segundo modal mais utilizado nessas cidades, sendo que os ônibus fizeram mais de 85% das viagens. Os automóveis ficaram em terceiro lugar, com um percentual de 26% das viagens.
Principais frotas do Brasil
Segundo a Associação Nacional dos Transportes Públicos, a participação dos veículos individuais nos deslocamentos tem crescido ano após ano. Em 2020, segundo o DENATRAN, o Brasil registrou 56,6 milhões de carros. Quanto ao transporte coletivo, em 2019, o Brasil tinha quase 98 mil ônibus. A idade média desses veículos era de 5 anos e 10 meses.
São Paulo é a cidade brasileira com mais corredores de ônibus, com 285 quilômetros. Rio de Janeiro vem logo atrás com 244 km e Curitiba está em terceiro, com 171 km de corredores de ônibus.
A capital paulista também é a que mais tem quilômetros de faixas exclusivas para ônibus: um total de 500 km. A segunda cidade que mais separa faixas exclusivas para esse modal é Fortaleza, com 91 km. A terceira, Belo Horizonte, tem 75 km de faixas exclusivas.
Quanto a carros de trens e metrôs, São Paulo lidera tanto em um como em outro. A capital paulista tem uma frota de metrô de 1224 carros. Já dos trens metropolitanos são 1486 carros. São Paulo também lidera os números de extensão da malha: são 83 quilômetros de linhas metroviárias e mais 273 quilômetros de linhas ferroviárias.
Principais desafios da mobilidade urbana
Um dos principais desafios da mobilidade urbana nas grandes cidades é reduzir o uso dos transportes individuais. Esse desafio também está relacionado à busca de alternativas ecologicamente sustentáveis, para reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Para tentar reverter o uso dos transportes individuais, especialistas indicam soluções como o uso de veículos compartilhados, como as caronas por aplicativo, assim como a implementação de rodízios e pedágios urbanos.
Mas a melhoria da mobilidade urbana no país também passa pelo incentivo ao uso do transporte coletivo. Entre as iniciativas que já têm acontecido no Brasil destaca-se a modernização da frota que garante carros mais confortáveis para os passageiros e mais econômicos do ponto de vista do gasto de combustíveis.
Uso de IoT e bilhetes digitais para a melhoria da mobilidade urbana
Algumas metrópoles brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba têm implementado semáforos inteligentes em regiões de grande tráfego. Através da transmissão de dados em tempo real e da internet das coisas (em inglês, Internet of Things, IoT), esses semáforos mantêm o sinal verde por mais tempo quando veículos de grande porte, como ônibus e caminhões, se aproximam.
Assim, há menos emissão de gases que causam o efeito estufa porque os veículos ficam menos tempo parados no sinal vermelho. Também há mais agilidade no transporte de passageiros e mercadorias.
Outra iniciativa pensada para melhorar a mobilidade urbana é o bilhete digital. Em São Paulo, por exemplo, o bilhete digital TOP QR Code pode ser adquirido no Aplicativo TOP, disponível para Android e iOS. Para o passageiro, o Bilhete Digital TOP garante comodidade, pois, dentre outros benefícios, é possível comprar créditos, consultar o saldo e fazer compras programadas.
Para os operadores do transporte público, a bilhetagem digital garante maior volume de informações. Em outras palavras, é possível acompanhar, em tempo real, a movimentação de passageiros nas plataformas e terminais, o que permite um planejamento estratégico assertivo focado na mobilidade urbana.
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