Em filmes de ficção científica, as smart cities, ou cidades inteligentes têm carros voadores, robôs humanoides e muita tecnologia. No futuro, é possível que essas imagens se concretizem. Mas esse é um fenômeno que já está acontecendo hoje no mundo e também no Brasil.
O conceito de smart cities ainda não é um consenso entre os pesquisadores. Mas se for possível encontrar um lugar comum poderíamos dizer que essas cidades utilizam os avanços tecnológicos, como o smart computing, para facilitar a vida urbana. Assim, a tecnologia é utilizada para gerenciar e ampliar serviços e recursos de infraestrutura de forma que as pessoas tenham conforto e o meio ambiente seja preservado.
Ou seja, as cidades inteligentes estão atentas a questões de qualidade de vida e de sustentabilidade do meio ambiente. Por isso, a mobilidade urbana, que está intimamente ligada aos sistemas de transportes, é tão importante para as smart cities.
E uma das principais experiências em curso é o uso de IoT na mobilidade. Monitoramento das ruas e espaços públicos através de imagens, coleta de dados através de sensores e semáforos inteligentes são algumas das soluções de IoT que já estão em operação para melhorar a mobilidade nas cidades.
Como as cidades inteligentes podem usar a IoT?
Segundo estimativas das Organizações das Nações Unidas (ONU), nos próximos 40 anos, 65% da população mundial viverá nas cidades. Ou seja, mesmo cidadelas poderão ter problemas de mobilidade se o processo de urbanização não for planejado. Mas como melhorar a vivência nas cidades com o uso de tecnologias?
Há inúmeros projetos em debate na escala mundial que utilizam a IoT e a comunicação máquina a máquina (M2M) para melhorar a mobilidade urbana. Na Holanda, onde o transporte marítimo é muito forte, existem projetos de “barcos autônomos inteligentes”. Intitulados de “roboats”, os barcos poderão operar 24 horas por dia. Eles farão “leituras” de como estão os portos através de GPS e diversos sensores e câmeras integrados. Assim, as operações de logística serão otimizadas e agilizadas.
Na Alemanha, há projetos de ônibus autônomos que, por meio da IoT, poderão transportar passageiros para terminais de metrô, por exemplo. E as pessoas poderão solicitar corridas pelo celular, como fazem com as corridas por aplicativos.
Cidades brasileiras usam soluções de IoT para a mobilidade
Mas, no Brasil, já existem cidades inteligentes. São exemplos capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Nelas, a IoT é utilizada, por exemplo, em sistemas que fazem o reconhecimento de placas de veículos e o monitoramento das vias e espaços públicos.
Essas capitais têm centros de operações, com agências e órgãos governamentais, que utilizam a IoT para fazer monitoramento do trânsito e da meteorologia, por exemplo. Os dados são captados em tempo real e transmitidos por sensores, radares, GPS e computadores.
Informações, como as do tráfego e do clima, podem ser transmitidas aos usuários por meio de aplicativos e redes sociais. Assim, é possível reorientar rotas para fugir de congestionamentos e de vias obstruídas, por exemplo, por alagamentos.
Semáforos inteligentes: IoT para mobilidade e sustentabilidade
Outra inovação implantada em cidades como São Paulo são os semáforos inteligentes. Com sensores que medem a aproximação de ônibus, os semáforos podem manter o sinal verde por mais tempo para que os transportes coletivos continuem o trajeto.
Com isso, há uma redução do tempo de viagem, melhorando a experiência do usuário.
Além de pensar no bem-estar dos passageiros, os semáforos inteligentes ajudam a reduzir as emissões de gás carbônico, que agravam o efeito estufa da Terra. É que veículos que usam diesel, como o caso dos ônibus, podem emitir ainda mais gases quando estão parados e precisam voltar a movimentação.
Os semáforos inteligentes são, portanto, um excelente exemplo de como a IoT pode ajudar a transformar a mobilidade urbana nas cidades inteligentes.
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