O bilhete digital e o eletrônico não são a mesma coisa. Podemos dizer que a bilhetagem eletrônica é a “irmã” mais velha da digital, já que aquela utiliza uma tecnologia mais antiga do que o novo modelo.
Apesar disso, ambos os sistemas têm em comum um objetivo muito claro: promover a mobilidade urbana e deixar a experiência do passageiro no transporte público mais cômoda e eficiente.
Embora seja um dos sistemas mais utilizados no transporte público brasileiro, o bilhete eletrônico tem sido substituído pela bilhetagem digital. Com a possibilidade de oferecer mais serviços aos passageiros, esse novo bilhete também garante mais informações para os operadores do transporte público.
Como funciona o bilhete eletrônico
O bilhete eletrônico foi uma revolução no transporte público porque permitiu que os usuários tivessem um embarque mais fácil. Isso porque para ter a passagem liberada, basta aproximar o cartão dos validadores e em poucos segundos o embarque pode ser feito.
Do ponto de vista do planejamento do transporte, esse sistema consegue captar algumas informações em tempo real e transmitir para as empresas que operam o transporte público. São dados como data, hora, linha e tipo de pagamento – se por cartão eletrônico ou ticket com tarja magnética, por exemplo.
Mas a bilhetagem eletrônica utiliza a identificação por radiofrequência. Ou seja, a transmissão de dados só se completa quando os carros chegam nas garagens e o validador é conectado, via internet, a outro hardware que coleta os demais dados.
A transmissão em tempo real só acontece quando os equipamentos que validam as passagens possuem um chip 4G, o que não é tão comum nas cidades brasileiras. Por isso, do ponto de vista da coleta de informações e do planejamento da mobilidade urbana, por exemplo, esse sistema é mais lento e apresenta algumas limitações.
Prós e contras da bilhetagem eletrônica
Uma das vantagens do cartão eletrônico é a usabilidade. Ou seja, não é um sistema com uma mecânica difícil, o que ajudou na ampla aceitação da população. Outra vantagem que o bilhete eletrônico possibilitou foi a integração tarifária. Com um mesmo cartão, é possível ter acesso a diferentes modais como trens, metrô e ônibus.
Com a integração tarifária, também foi possível oferecer descontos para as trocas de modais. A economia é sentida positivamente pelos passageiros e ajuda a explicar um dos motivos do sucesso da bilhetagem eletrônica.
Outra grande vantagem para o transporte público, principalmente para os ônibus, é a diminuição do dinheiro transportado nos veículos. Com isso, garante-se mais segurança para motoristas, cobradores, e, claro, para os passageiros.
Mas o bilhete eletrônico também tem alguns gaps. Um deles é que nem todo cartão eletrônico precisa de dados de identificação, como o CPF. Isso pode gerar brechas para fraudes e usos irregulares.
O que é e como funciona o bilhete digital
O bilhete digital, que está sendo implantado em diversas cidades brasileiras, é um QR Code, uma espécie de “código de barras” nas cores preta e branca e bidimensional. Esse QR Code fica disponível em aplicativos ou pode ser impresso.
Na cidade de São Paulo, o Bilhete Digital QR Code TOP, desenvolvido pela Autopass, pode ser adquirido online no Aplicativo TOP. O app está disponível para os sistemas Android e iOS. Mas os bilhetes também podem ser adquiridos nos totens de autoatendimento nas estações e terminais.
Assim como o cartão eletrônico, o passageiro aproxima o bilhete digital de um validador que tem tecnologia para fazer a leitura de QR Code. Portanto, em termos de usabilidade, a experiência é basicamente a mesma do bilhete eletrônico.
Vantagens da bilhetagem digital
Uma das grandes vantagens do bilhete digital é a maior comodidade para o dia a dia do passageiro. Isso porque, com poucos cliques no celular, e sem precisar enfrentar as filas dos terminais, os passageiros podem realizar inúmeros serviços como compras de bilhetes e consultas de saldo.
Além das vantagens para os usuários do transporte público, o bilhete digital é visto por especialistas como importante ferramenta de promoção da mobilidade urbana. Isso porque os aplicativos e os validadores de QR Code permitem a coleta e o acompanhamento de dados em tempo real. Assim é possível ajustar mais rapidamente os planos e operações de manutenção dos serviços de transporte.
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