O transporte urbano já há algum tempo é uma questão cada vez mais importante nas grandes cidades e, com a pandemia de COVID-19, isso só se intensificou.
Com o perigo da contaminação em locais públicos, a relação da população com os transportes urbanos mudou drasticamente em resultado direto de novos hábitos de locomoção.
Elementos como o lockdown e o aumento do home office também significaram uma redução no volume de pessoas em trânsito.
Assim, são muitos os desafios que os sistemas de transporte público precisam vencer se quiserem trazer de volta seus passageiros.
Descobertas da pandemia sobre o transporte urbano
Com a COVID-19, a modalidade de home office teve grande crescimento e, consequentemente, levou a diminuição do número de passageiros.
O estudo Global Public Transport Report 2020 identificou que, na cidade de Thessaloniki, na Grécia, 34,3% das pessoas deixaram de usar o transporte público por causa da pandemia. Já nos Estados Unidos, cerca de metade dos passageiros usaram os serviços de transporte público com menos frequência.
Com a chegada integral, ou parcial, do home office e das novas modalidades híbridas de trabalho, o transporte urbano mudará muito. Grande parte da população descobriu que não precisa mais ficar duas horas presa no trânsito e, mesmo nas ocasiões em que é preciso se movimentar, não é necessário fazer uso de apenas um tipo de locomoção.
O transporte híbrido é uma tendência que veio para ficar. Fazer uso de modalidades tradicionais, como ônibus, trem e metrô, junto de novidades como os novos apps de compartilhamento de transporte via patinetes e bicicletas. Combinar os diferentes tipos de transporte torna a malha urbana mais segura, mais eficiente e rápida para todos.
É também o transporte híbrido que será capaz de diminuir a probabilidade das pessoas começarem a evitar transportes públicos e optarem por veículos individuais pós-pandemia, o que seria considerado um retrocesso para uma metrópole como São Paulo.
Quais as mudanças para o transporte urbano pós-pandemia?
Também de acordo com o estudo citado acima, um dos desejos nascidos neste período pandêmico foi o da existência de mais ônibus nas vias para que assim as chances de os veículos ficarem desconfortavelmente cheios diminuam e, consequentemente, chances de contaminação. As novas regras de higiene e convivência também propulsionam o sistema a ser repensado para o futuro.
Além de um transporte público de qualidade, outras medidas podem ser benéficas para criar um bom projeto de mobilidade urbana. Em Hong Kong, por exemplo, houve investimento em áreas periféricas da cidade para torná-las grandes polos comerciais, diminuindo a necessidade de deslocamento por grandes distâncias para acesso a determinados serviços.
Um fator que pode ajudar as pessoas a se sentirem mais confiantes sobre o uso do transporte urbano novamente incluem o acesso a dados sobre como os serviços são completos e se há áreas nos trens que estão menos lotadas, para que elas possam tomar decisões mais informadas sobre quando e como querem utilizar o transporte.
Outro exemplo de mais segurança para passageiros são as paradas de ônibus inteligentes da Coreia do Sul. Elas verificam a temperatura das pessoas, permitindo que elas entrem no ônibus apenas se registrarem 37,5ºC ou menos.
Em resumo, o sistema de transporte público precisa se tornar cada vez mais inovador, confiável e eficiente para convencer as pessoas a voltarem a utilizá-los.
E as inovações já começaram: a Autopass, empresa de tecnologia, soluções e serviços associados à mobilidade urbana, tem diversos cases de sucesso que têm ajudado o transporte público de São Paulo a se modernizar. O primeiro deles é o cartão BOM, utilizado em 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo por mais de 4 milhões de passageiros por dia.
Outra inovação é o aplicativo TOP, aplicativo de compra e venda de passagens online, disponível para download nos sistema iOS e Android, e que também oferece bilhetagem via QR Code, mais eficiente do as passagens oferecidas anteriormente.